Quem acompanha o blog já deve ter percebido que eu gosto muito de visitar exposições, especialmente àquelas que instigam nossos questionamentos.
Não sou técnica sobre o assunto, porém acredito que mais importante do que analisar o traçado, as pinceladas, as cores e texturas de uma obra artística, é senti-la. É tentar entender o quê está por trás, qual a mensagem que o artista quer passar através dela, é mais do que admirar o trabalho em si, é idenfificar essa mensagem e refletir sobre ela..
Dias atrás compartilhei como foi a minha experiência ao visitar um desses tipos de exposições: "Em busca do destino" de Chiharu Shiota, e hoje trago mais um ótimo exemplo desses casos, a mostra "ComCiência" da artista australiana Patrícia Piccinini.
Em cartaz no CCBB-SP, as esculturas traz um realismo incrível, parecem estar vivas, assim como as do seu conterrâneo Ron Mueck.
A impressão que temos é que a qualquer momento elas irão se mexer e interagirem conosco, são impressionantes!
Porém, mais do que admirar tanta perfeição é perceber outros detalhes e entender que a mostra nos faz repensar sobre assuntos importantes e atuais.
É justamente isso que quero compartilhar com vocês, por isso trago 3 reflexões que a exposição desperta na maioria dos seus visitantes. Vamos lá?
1) A primeira impressão NÃO é a que fica:
Diferente do famigerado ditado popular "a primeira impressão é a que fica", nesta exposição acontece o contrário.
Num primeiro momento (fotos acima), o sentimento que temos ao ver às esculturas é de repulsa, de aflição, mas quando nos aproximamos e prestamos mais atenção, podemos perceber que possuem expressões fraternas, que apesar de criaturas estranhas tem um sorriso bondoso, um olhar amável, uma face serena.
Acho que devemos trazer isso para o nosso dia-a-dia, precisamos dar uma segunda chance às pessoas com quem, num primeiro momento, não nos simpatizamos.
Quem sabe com essa atitude, podemos ter boas surpresas e ver que a primeira impressão foi equivocada.
E aí, vamos tentar colocar em prática? ;)
2) Respeitar e saber conviver com as diferenças:
Nos últimos tempos o que mais aparecem nos noticiários são casos de intolerância e total desrespeito contra pessoas, apenas por divergirem de suas opiniões ou por não serem iguais a elas. Como se fosse possível alguém ser igual a outro, tola ilusão...
Na exposição, quando as criaturas incomuns estão ao lado dos seres "normais", nota-se claramente que não há rejeição entre eles, muito pelo contrário, há carinho e amor.
Podemos observar também que em todas as esculturas que acontece esse encontro, o ser "normal" é representado por uma criança, pela sua pureza de coração e desprovida de discriminação.
Portanto, seja de ordem religiosa, política, física, cultural, sexual, raça, não importa, devemos respeitar as diferenças!
3) Até que ponto a ciência deve agir?
Esse é o principal questionamento. Com o avanço tecnológico e científico deve-se tomar cuidado para não "brincar de ser Deus".
Não sou contra esses avanços, muitos deles são necessários e ajudam inclusive a curar doenças, a melhorar a vida de pessoas portadoras de necessidades especiais e tantos outros benefícios. O que não podemos é querer transferir nossas responsabilidades e criarmos coisas que nos substituam ou que ultrapassem o valor da necessidade, tornando-se apenas um capricho, um luxo, um status de poder.
"E se pudéssemos criar seres para nos substituir em tarefas "mundanas" como amamentar nossos filhos, colocá-los para dormir...enquanto nos ocupamos com tantas outras coisas importantes da vida moderna?" (Marcelo Dantas: curador)
Já pararam para pensar nisso? Que total descontrole seria!
Devemos ter consciência, bom senso, limites, caso contrário não seremos nós que comandaremos as "máquinas/criações" e sim seremos dominados e comandados por elas.
E vocês já visitaram essa exposição? Quais foram as suas impressões e reflexões? Contem-nos! Deixem seus comentários!
Mais informações:
CCBB-SP
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Bairro: Centro - São Paulo/SP
Telefone: (11) 3113-3651/3652
Data e horário: Até 04/01/2016 - De quarta a segunda das 9h às 21h
Ingressos: Entrada Gratuita
Site: http://culturabancodobrasil.com.br/portal/sao-paulo/
Abraços e até o próximo embarque!
Não sou técnica sobre o assunto, porém acredito que mais importante do que analisar o traçado, as pinceladas, as cores e texturas de uma obra artística, é senti-la. É tentar entender o quê está por trás, qual a mensagem que o artista quer passar através dela, é mais do que admirar o trabalho em si, é idenfificar essa mensagem e refletir sobre ela..
Dias atrás compartilhei como foi a minha experiência ao visitar um desses tipos de exposições: "Em busca do destino" de Chiharu Shiota, e hoje trago mais um ótimo exemplo desses casos, a mostra "ComCiência" da artista australiana Patrícia Piccinini.
Exposição ConCiência (Foto: Simone Silva) |
Em cartaz no CCBB-SP, as esculturas traz um realismo incrível, parecem estar vivas, assim como as do seu conterrâneo Ron Mueck.
O observador (Foto: Simone Silva) |
(Foto: Simone Silva) |
Parece real (Foto: Simone Silva) |
A impressão que temos é que a qualquer momento elas irão se mexer e interagirem conosco, são impressionantes!
Impressionante (Foto: Simone Silva) |
Porém, mais do que admirar tanta perfeição é perceber outros detalhes e entender que a mostra nos faz repensar sobre assuntos importantes e atuais.
É justamente isso que quero compartilhar com vocês, por isso trago 3 reflexões que a exposição desperta na maioria dos seus visitantes. Vamos lá?
1) A primeira impressão NÃO é a que fica:
Diferente do famigerado ditado popular "a primeira impressão é a que fica", nesta exposição acontece o contrário.
(Foto: Simone Silva) |
(Foto: Simone Silva) |
(Foto: Simone Silva) |
A força de um braço (Foto: Simone Silva) |
Num primeiro momento (fotos acima), o sentimento que temos ao ver às esculturas é de repulsa, de aflição, mas quando nos aproximamos e prestamos mais atenção, podemos perceber que possuem expressões fraternas, que apesar de criaturas estranhas tem um sorriso bondoso, um olhar amável, uma face serena.
(Foto: Simone Silva) |
(Foto: Simone Silva) |
(Foto: Simone Silva) |
(Foto: Simone Silva) |
(Foto: Simone Silva) |
(Foto: Simone Silva) |
Acho que devemos trazer isso para o nosso dia-a-dia, precisamos dar uma segunda chance às pessoas com quem, num primeiro momento, não nos simpatizamos.
Quem sabe com essa atitude, podemos ter boas surpresas e ver que a primeira impressão foi equivocada.
E aí, vamos tentar colocar em prática? ;)
2) Respeitar e saber conviver com as diferenças:
Nos últimos tempos o que mais aparecem nos noticiários são casos de intolerância e total desrespeito contra pessoas, apenas por divergirem de suas opiniões ou por não serem iguais a elas. Como se fosse possível alguém ser igual a outro, tola ilusão...
Na exposição, quando as criaturas incomuns estão ao lado dos seres "normais", nota-se claramente que não há rejeição entre eles, muito pelo contrário, há carinho e amor.
(Foto: Simone Silva) |
(Foto: Simone Silva) |
Podemos observar também que em todas as esculturas que acontece esse encontro, o ser "normal" é representado por uma criança, pela sua pureza de coração e desprovida de discriminação.
O visitante bem-vindo (Foto: Simone Silva) |
A confortadora (Foto: Simone Silva) |
O tão esperado (Foto: Simone Silva) |
Portanto, seja de ordem religiosa, política, física, cultural, sexual, raça, não importa, devemos respeitar as diferenças!
3) Até que ponto a ciência deve agir?
Esse é o principal questionamento. Com o avanço tecnológico e científico deve-se tomar cuidado para não "brincar de ser Deus".
Não sou contra esses avanços, muitos deles são necessários e ajudam inclusive a curar doenças, a melhorar a vida de pessoas portadoras de necessidades especiais e tantos outros benefícios. O que não podemos é querer transferir nossas responsabilidades e criarmos coisas que nos substituam ou que ultrapassem o valor da necessidade, tornando-se apenas um capricho, um luxo, um status de poder.
"E se pudéssemos criar seres para nos substituir em tarefas "mundanas" como amamentar nossos filhos, colocá-los para dormir...enquanto nos ocupamos com tantas outras coisas importantes da vida moderna?" (Marcelo Dantas: curador)
Já pararam para pensar nisso? Que total descontrole seria!
Indiviso (Foto: Simone Silva) |
Grande mãe (Foto: Simone Silva) |
(Foto: Simone Silva) |
Devemos ter consciência, bom senso, limites, caso contrário não seremos nós que comandaremos as "máquinas/criações" e sim seremos dominados e comandados por elas.
E vocês já visitaram essa exposição? Quais foram as suas impressões e reflexões? Contem-nos! Deixem seus comentários!
Mais informações:
CCBB-SP
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Bairro: Centro - São Paulo/SP
Telefone: (11) 3113-3651/3652
Data e horário: Até 04/01/2016 - De quarta a segunda das 9h às 21h
Ingressos: Entrada Gratuita
Site: http://culturabancodobrasil.com.br/portal/sao-paulo/
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Abraços e até o próximo embarque!
Olá!!
ResponderExcluirEu fui na exposição também e adorei!! Achei lindas as esculturas e toda a proposta da autora! fiquei encantada! bjoo
www.taviajandomenina.com.br
Olá Natascha! É realmente uma exposição marcante, eu também me encantei! bjs
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