Como sabem, o dia de finados é celebrado de diferentes formas em diferentes países e religiões.
No Brasil, a maioria das pessoas vai aos cemitérios e leva flores para colocar nos túmulos dos entes queridos. Costuma ser um momento silencioso, de oração, de lembranças, onde a saudade e a tristeza se misturam de tal forma a serem confundidas.
Há outros países que possuem a cultura de ver a morte de uma outra maneira, tanto que o dia de finados é celebrado com festa, como é o caso do México.
Como é o Día de los Muertos no México
Esta festividade tem origem indígena, onde acredita-se que os mortos voltam para visitarem seus familiares e amigos vivos.
Os índios dedicavam cerca de um mês para essa celebração dos mortos, no entanto, os espanhóis ao colonizarem o México mudaram a data deste festejo para 01/11 e 02/11, coincidindo com as celebrações católicas: Dia de todos os santos e Dia de finados.
Apesar desta alteração, a tradição felizmente permanece até hoje e é uma das mais importantes do país, tanto que foi declarada Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
O primeiro dia é dedicado às crianças falecidas (Día de los Angelitos) e o segundo aos adultos. Durante ambos, as pessoas festejam nos cemitérios, se enfeitam, decoram os túmulos, levam comidas que os mortos gostavam, tudo muito colorido e, surpreendentemente, cheio de vida.
A celebração é repleta de símbolos como:
* Las cavaleras de dulce que são caveirinhas feitas de açúcar que além de serem decoradas, nelas escrevem o nome do morto;
* La Catrina e El Catrin que são personagens da festa desde sua origem, mas que ganhou visibilidade após as pinturas do mexicano José Guadalupe Posada (1852-1913);
* Pan de muertos que é um pão doce polvilhado de açúcar consumido apenas durante a festividade;
* Altares: quando há impossibilidade de visitarem o túmulo, as famílias montam os altares em casa mesmo. Decoram com muitas cores, flores, fotos dos falecidos, deixam também comidas e brinquedos (para as almas infantis) como oferenda.
Como foi o Día de los Muertos em São Paulo,
no Museu da Imigração
Ontem pela primeira vez o MI - Museu da Imigração trouxe este festejo. Mexicana de coração que sou, claro que eu não poderia deixar de ir e trazer todos os detalhes para vocês, confiram!
Pontos positivos:
* Visitantes caracterizados: esse foi sem dúvida o ponto alto da festa. Havia um concurso de melhor Catrin e Catrina e com isso muitas pessoas se caracterizaram e encheram de alegria os demais visitantes. Havia caracterizações perfeitas, lindas demais. Parabéns a todos que participaram;
* Oficinas: teve oficina de flores, de pintura no chocolate, de guacamole etc. Eu participei da pintura de caveira de chocolate. Como podem perceber não tenho muito talento para isso, mas valeu pela brincadeira kkkkk;
* Pintura facial: apesar da longa fila, valia a pena enfrentá-la para se caracterizar e entrar no clima da festa;
* Foto impressa: quem estava caracterizado ou ao menos com o rosto pintado de Catrin ou Catrina, poderia tirar uma foto que era impressa na hora, gratuitamente! Uma bela recordação da festa. Ótima ideia!
* Decoração e simbologia: o espaço estava repleto de caveirinhas, havia também um altar típico e quando cheguei pude provar o pan de muertos rs
Pontos negativos:
* Longas filas: os principais pontos negativos foram as longas filas para entrar no evento e principalmente para comer. Haviam poucas barracas de comidas e as filas eram gigantescas;
* Não havia palco: o MI e a Pinacoteca são os museus que eu mais gosto na cidade de São Paulo, por isso fiquei decepcionada quando vi que não havia sequer um palco para as apresentações dos Mariachis e para o concurso dos melhores Catrin e Catrina! Com o espaço reduzido era impossível curtir as apresentações, mal dava para ver os artistas...uma pena...
"Choveram" críticas na fanpage do MI, por conta das longas filas, mas de qualquer forma a iniciativa dos organizadores em promover esta festa foi maravilhosa e quero muito que haja outras edições, porém há algumas coisas a serem melhoradas.
Por isso, deixo aqui as minhas sugestões rs:
* Poderiam ampliar a festa para os dois dias (01/11 r 02/11) e iniciarem mais cedo, por exemplo às 11h ao invés de 13h;
* Aumentar o espaço do evento: utilizar todos os espaços, como acontece na Festa dos Imigrantes. No jardim deixariam tendas com atividades para as crianças, como contação de histórias, pinturas de caveirinhas etc, além das oficinas para os adultos e na parte de trás do MI ficariam as barracas de comidas e bebidas e o palco para as apresentações de música;
* Pinturas faciais: ter mais maquiadores para dar conta de tanta procura e também iniciar logo no começo da festa e não tanto tempo depois do evento ter começado;
* Ampliar o número de barracas de comidas típicas e incluírem doces, como as caveirinhas de açúcar, os churros. eu só encontrei paletas :( Se alguém esteve lá e achou outro doce me avisa nos comentários para que eu possa retificar;
No geral gostei do Día de los Muertos no Museu da Imigração, foi uma boa oportunidade para vivenciar um pouco da rica cultura mexicana. Valeu a pena ir!
E vocês, também estiveram lá? Deixem seus comentários e sugestões! E aproveitem para curtirem o blog nas redes sociais!
Abraços e até o próximo embarque!
No Brasil, a maioria das pessoas vai aos cemitérios e leva flores para colocar nos túmulos dos entes queridos. Costuma ser um momento silencioso, de oração, de lembranças, onde a saudade e a tristeza se misturam de tal forma a serem confundidas.
Há outros países que possuem a cultura de ver a morte de uma outra maneira, tanto que o dia de finados é celebrado com festa, como é o caso do México.
Altar do Día de los Muertos (Foto: Simone Silva) |
Como é o Día de los Muertos no México
Os índios dedicavam cerca de um mês para essa celebração dos mortos, no entanto, os espanhóis ao colonizarem o México mudaram a data deste festejo para 01/11 e 02/11, coincidindo com as celebrações católicas: Dia de todos os santos e Dia de finados.
Apesar desta alteração, a tradição felizmente permanece até hoje e é uma das mais importantes do país, tanto que foi declarada Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
(Foto: Simone Silva) |
O primeiro dia é dedicado às crianças falecidas (Día de los Angelitos) e o segundo aos adultos. Durante ambos, as pessoas festejam nos cemitérios, se enfeitam, decoram os túmulos, levam comidas que os mortos gostavam, tudo muito colorido e, surpreendentemente, cheio de vida.
A celebração é repleta de símbolos como:
* Las cavaleras de dulce que são caveirinhas feitas de açúcar que além de serem decoradas, nelas escrevem o nome do morto;
* La Catrina e El Catrin que são personagens da festa desde sua origem, mas que ganhou visibilidade após as pinturas do mexicano José Guadalupe Posada (1852-1913);
* Pan de muertos que é um pão doce polvilhado de açúcar consumido apenas durante a festividade;
* Altares: quando há impossibilidade de visitarem o túmulo, as famílias montam os altares em casa mesmo. Decoram com muitas cores, flores, fotos dos falecidos, deixam também comidas e brinquedos (para as almas infantis) como oferenda.
Modelo de altar (Foto: Simone Silva) |
Como foi o Día de los Muertos em São Paulo,
no Museu da Imigração
Pontos positivos:
* Visitantes caracterizados: esse foi sem dúvida o ponto alto da festa. Havia um concurso de melhor Catrin e Catrina e com isso muitas pessoas se caracterizaram e encheram de alegria os demais visitantes. Havia caracterizações perfeitas, lindas demais. Parabéns a todos que participaram;
Caracterização perfeita! Foi o vencedor de melhor Catrin, merecido! (Foto: Simone Silva) |
Belo casal (Foto: Simone Silva) |
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Belíssimos (Foto: Domenica de Mattos) |
* Oficinas: teve oficina de flores, de pintura no chocolate, de guacamole etc. Eu participei da pintura de caveira de chocolate. Como podem perceber não tenho muito talento para isso, mas valeu pela brincadeira kkkkk;
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Minha obra de arte #SQN (Foto: Simone Silva) |
* Pintura facial: apesar da longa fila, valia a pena enfrentá-la para se caracterizar e entrar no clima da festa;
Minhas amiguinhas Catrinas *-* (Foto: Simone Silva) |
* Foto impressa: quem estava caracterizado ou ao menos com o rosto pintado de Catrin ou Catrina, poderia tirar uma foto que era impressa na hora, gratuitamente! Uma bela recordação da festa. Ótima ideia!
* Decoração e simbologia: o espaço estava repleto de caveirinhas, havia também um altar típico e quando cheguei pude provar o pan de muertos rs
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(Foto: Gicelle Pereira) |
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(Foto: Gicelle Pereira) |
(Foto: Simone Silva) |
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(Foto: Julia Xavier) |
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(Foto: Julia Xavier) |
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(Foto: Julia Xavier) |
Pontos negativos:
* Longas filas: os principais pontos negativos foram as longas filas para entrar no evento e principalmente para comer. Haviam poucas barracas de comidas e as filas eram gigantescas;
* Não havia palco: o MI e a Pinacoteca são os museus que eu mais gosto na cidade de São Paulo, por isso fiquei decepcionada quando vi que não havia sequer um palco para as apresentações dos Mariachis e para o concurso dos melhores Catrin e Catrina! Com o espaço reduzido era impossível curtir as apresentações, mal dava para ver os artistas...uma pena...
"Choveram" críticas na fanpage do MI, por conta das longas filas, mas de qualquer forma a iniciativa dos organizadores em promover esta festa foi maravilhosa e quero muito que haja outras edições, porém há algumas coisas a serem melhoradas.
Por isso, deixo aqui as minhas sugestões rs:
* Poderiam ampliar a festa para os dois dias (01/11 r 02/11) e iniciarem mais cedo, por exemplo às 11h ao invés de 13h;
* Aumentar o espaço do evento: utilizar todos os espaços, como acontece na Festa dos Imigrantes. No jardim deixariam tendas com atividades para as crianças, como contação de histórias, pinturas de caveirinhas etc, além das oficinas para os adultos e na parte de trás do MI ficariam as barracas de comidas e bebidas e o palco para as apresentações de música;
* Pinturas faciais: ter mais maquiadores para dar conta de tanta procura e também iniciar logo no começo da festa e não tanto tempo depois do evento ter começado;
* Ampliar o número de barracas de comidas típicas e incluírem doces, como as caveirinhas de açúcar, os churros. eu só encontrei paletas :( Se alguém esteve lá e achou outro doce me avisa nos comentários para que eu possa retificar;
No geral gostei do Día de los Muertos no Museu da Imigração, foi uma boa oportunidade para vivenciar um pouco da rica cultura mexicana. Valeu a pena ir!
Minhas amigas Catrinas e eu |
E vocês, também estiveram lá? Deixem seus comentários e sugestões! E aproveitem para curtirem o blog nas redes sociais!
Abraços e até o próximo embarque!
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